Vamos parar de uma vez por todas com essa história de cara metade. Todos nascemos com a cara completa. Mais ou menos bonitinha. Mas completa. Metade da laranja? Gente, laranja que já me chega pela metade, vamos combinar, eu não chupo. O legal da laranja é ela chegar redonda, bonita, ir sendo descascada, num processo. Bonito é ser inteiro, sempre. Nada de metades. Metades nos tornam capengas, necessitados de bengala. A ideia de que alguém não caminha sem outro é pura balela.
Tem que ser assim: olha, eu estou aqui, inteira. Se você quiser fazer parte da minha vida, será muito bem-vindo. Poderemos nos trançar em muitos sentidos, sem cobranças infantis, sem estar junto só para fugir da angústia.
Às vezes confundimos tudo. Porque amar dá saudade. Só isso.
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