A primeira vez na balada a gente nunca esquece. Aposto que você também tem uma amiga que, quando convida pra fazer
algo, vem com aquela história de "vou não, quero não, posso não, minha
velhice precoce não deixa não". E eu, acreditem ou não, era quem tinha
essa desculpa como lema de vida social. Se fosse pra comer cachorro quente, eu
ia. Pegar um cinema, eu ia. Mas quando vinha aquela historia de "ah,
barzinho, dançar, musica alta e derivados" eu já pulava fora e inventava
uma desculpa... Até que...
Era uma sexta-feira e o martelo já tinha sido batido: vamos
passar o final de semana na praia, juntas. "Ah, tá tudo numa boa! Vai
acontecer nada! Três amigas naquela fase de fazer promessas de
vamos-ser-amigas-pra-vida-toda... Nada pode fugir dos meus planos".
Primeiro dia: compras, karaokê, festinha no apê. Tranquilo.
Lindo. Maravilhoso.
Segundo dia: péra, que historia é essa de sair? A gente tá
mesmo ligando pra uma baladinha pra checar quanto paga pra entrar? Pera aí,
balada? Não querem ir tomar um suco? Comer temaki? Andar na beira da..."
Tá. Balada. Balada. Música.. Pera, passa a caipirinha aí, por favor!
00h, salto alto, maquiagem e a única coisa que eu lembro de
ter decorado: porradinha (if u know what i mean)...
Saldo oficial da noite: depois de ter sido salva pela amiga
com um refrigerante divino que caiu como uma luva num momento em que meu
cerebelo já não tava dando conta de nada e de uma temakeria no piso de baixo da
balada que salvou a vida de quem não sabe dançar nada além de joguinho do
Kinect, ainda esquecemos um amiguinho que tava no porta-malas – desculpem, não
nos julguem, não cabia nem uma pena sentada do nosso lado no banco de trás – que
foi embora revoltado a pé ao invés de nos chamar quando trancamos o carro com
ele dentro e entramos no Mc Donald’s às 5am. Vacilão.
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