domingo, 4 de novembro de 2018

Not falling....

Acordei num dia bem bosta hoje.

Acordei quase 12h, com meu irmão mais velho nos meus ouvidos, gritando: acorda, dorminhoca!
E eu levantei, peguei minha toalha, tomei meu banho e sai depois de uns 23 minutos: pronto, vei. Levantei.


Pós banho, pós café preto e torrada com queijo, ainda dia bosta.

Mas por quê, tá tão bosta? Why the hell eu tô tão surtada com coisas - acontecimentos e sentimentos - que nem chegaram e nem tão perto de chegar? Por que alimentar essa angústia - e pagar 600 conto a hora de um terapeuta - por pura ansiedade com coisas que não precisam ser decididas agora?


Best solution ever (vai por mim): conversar com minha sobrinha de 2 anos que passou a noite em casa. Ser humaninho esse que exige um cafuné até pegar no sono - isso quando ela não canta pra si mesma.
A gente confunde paixão com apego? Confunde.


Fiz perguntas muito simples, que me deram um milhão de respostas complexas. Como, por exemplo:

Gostar de como alguém trata a gente, como a pessoa conhece a gente: não é paixão.
Convidar alguém pra ir em um restaurante que, literalmente, é a cara da pessoa: não é paixão.
Conversar sobre as angústias da vida e pedir a opinião da pessoa: não é paixão.
Querer passar a noite trocando pensamentos e abrindo o coração: não é paixão, definitivamente.
Isso é apego.
Apego é ruim? Não.
Apego é um problema? Não.

Sabe o problema?
Sofrer por antecedência.
Deduzir que a pessoa acha uma coisa, sem a pessoa ter admitido isso.
Estar apegada leva a achar que está aberta a se apaixonar? Também não!



"None but ourselves can free our minds"




Querer estar com alguém, gostar de estar com alguém ou sentir saudade de estar com alguém por motivos palpáveis e totalmente "racionais", não é um problema. O problema é quando a gente deixa as borboletas do estômago virarem caraminholas na cabeça.

A vida é tão mais que isso. Tão mais que se preocupar com o que o outro acha, ou pode achar, ou nunsca achará. Entender o tempo do outro e, principalmente o seu, e ter fucking paciência pra esperar aquele momento precioso em que os dois estão pisando com o mesmo pé, com a mesma força, na areia da mesma praia, é um esforço quase tão difícil quanto entender que, pra isso, não precisa ter paixão envolvida. E não ter paixão envolvida, não é o problema ou a solução. A base da compreensão do timing é a mesma da paixão: nada na vida é barganha. Não dá pra querer por você. Não dá pra querer colocar tags ou encaixotar as coisas, sempre. Estar aberta a entender isso é o primeiro passo pra se redimir consigo mesma.


Então, enquanto você toma sua quarta - sem julgamentos - taça de vinho e vê Grey's Anatomy: just keep being yourself, Ana.



Você não tá apaixonada, exigindo nada.
Ele não tá apaixonado, exigindo nada.


Continuem não exigindo nada.


Chama pra sair se quiser, desabafa com mil mensagens sem nexo no whatsapp, chama de nenê ou só de insuportável mesmo, dá na mesma.
PS: Sorte sua que amanhã é segunda e você pode acordar a hora que quiser, sem (ou com) ressaca.



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