quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Dois mil e...

Quatorze.
Eu sei que o normal é desejar e depositar no primeiro dia do ano todas as nossas expectativas para os próximos 365 dias. Mas vou fechar antes meu último parágrafo, da última página de 2014.

Fiz uma tatuagem. Contabilizei mais um show pra minha curta lista de 3 shows na vida. Descobri que consigo virar uma adolescente apaixonada por um ídolo (coisa que minha mãe não teve que aguentar na minha adolescência mas.. well.. it happens!). Tive uma cobra (é isso!). Fiz muitos amigos. Me desapeguei sempre que queria. Descobri que álcool é um monstro que, às vezes, é fofinho, fofinho! Percebi que o primeiro passo da vida adulta é deixar os irmãos serem apenas irmãos. Descobri que ser tia... bom, só melhora quem a gente é! Me livrei de coisas que não usava mais há tempos (tchau, tecladinho lindo) e virei uma pessoa mais mal humorada, infelizmente.

Agora, eu quero que 2014 vá com Deus e que nada se repita num déjà-vu maldito novamente.

Como dica para o próximo ano, eu farei uma lista só com coisas sensatas. Esquece qualquer desejo idiota que não depende só de mim. E pular de paraquedas, viajar mais com os amigos e contabilizar mais duas tatuagens são as primeiras coisas da lista.

Dois mil e quinze vai ser um ano de mudanças, inícios e términos. Não nos cabe conhecer ou ver o que virá. O fim dele, ninguém sabe ao certo como será.

Feliz 2015!


domingo, 12 de outubro de 2014

Não existe amor em SP?

Tudo começou com a música do nosso querido Criolo, Não Existe Amor em SP, que desencadeou várias provocações de que isso é verdade e de que aqui é um péssimo local pra se viver. No começo eu falei muito mal do posicionamento dele nessa musica. Depois eu concordei. Mas agora tô tentando entender melhor porque as pessoas tomam isso como uma verdade absoluta... Eu sou Paulista de coração e Certidão de Nascimento. Já morei em outros estados e visitei mais muitos outros, como já disse aqui. Mas São Paulo é minha cidade e por isso eu quero defendê-la.

Aqui é cinza sim. Tem trânsito, rio mal cuidado e faz as quatro estações do ano em um único dia.  Tem enchente, periferia e ponto de ônibus lotado todo dia. Não é a toa que todos dizem que aqui é uma selva de pedra. Essa é a nossa realidade e é assim que funcionam as coisas. Sei que quem visita o Rio de Janeiro, Salvador ou Florianópolis acaba achando que São Paulo não representa bem o "estilo brasileiro" de ser. É todo mundo mais estranho, galera de social pra lá e pra cá e aparentemente bem mais carrancuda e rabugenta. Aqui é uma cidade grande e sem muitos atrativos visuais se compararmos às paredes cinzas e mal pintadas que temos por aqui. E sim, aqui pode ser muito perigoso.

São Paulo não te cativa de primeira, como as praias de Florianópolis, o sorriso dos baianos ou a malandragem dos cariocas. Mas se você para pra observar a cidade além do que vê na superfície, vai se encantar tanto quanto um paulistano enraizado e apaixonado. É verdade que todo paulistano vive reclamando de tudo (acho eu que isso é uma infeliz característica do paulistano), mas a verdade é que dificilmente quem passa anos e anos aqui, trocaria sua vida agitada em São Paulo por outro lugar facilmente. 


Morar em São Paulo te torna uma pessoa mais cultural. Na Avenida Paulista, por exemplo, você vê tudo quanto é tipo de gente naqueles três quilômetros de asfalto cercado por prédios. Tem feirinha de artesanato, prédios corporativos, shopping, loginha de bugiganga, museus, parques...E não tô falando de um exemplar de cada, tô falando de vários. São Paulo é um poço de cultura e entretenimento. Muito além dos limites da Paulista, existem museus, bares, teatros e exposições acontecendo em inúmeros cantos da cidade. Atividades pra todos (eu digo TODOS) os 11 milhões de pessoas que aqui estão e pra todos os outros que aqui visitam. Outro ponto que comprova isso é que SP está sempre na lista dos artistas famosos que vem para a América Latina se apresentar. Vão pra Buenos Aires, Colômbia e.. São Paulo. Isso sem contar sobre todos os mais variados tipos de restaurantes que existem aqui. Tem também arte de rua e isso a tornou uma das melhores cidades do mundo pro grafitti. E vimos isso tudo que eu acabei de citar na Copa.

O "meu" vem praticamente antes de qualquer frase e o "mano" vem depois de praticamente todas as frases. Você tá indo pro trabalho e tem gente voltando da balada. Todos são recebidos de braços abertos, nessa nossa cidade que não dorme. Paulista fala alto, toma chopp e come pizza quase todo fds. É verdade sim que a gente adora uma fila. Tem um monte de gente simpática, solícita e disposta a ajudar... O Brasil inteiro tá dentro de SP. 

Então.. existe amor em São Paulo? Talvez não a primeira vista. Não, inegavelmente não existirá à primeira vista. Pra amar São Paulo você tem que ter tempo e paciência pra descobrir todas as maravilhas encobertas pela camada cinza que encobre a cidade. Amar São Paulo é difícil. Mas tudo que é muito fácil cansa, né?

domingo, 27 de julho de 2014

Sobre saudade...

Saudade...

...De dizer bom dia, boa tarde, boa noite, perguntar do sobrinho, falar sobre o sobrinho, perguntar do joelho, contar da cabeça, reclamar da faculdade, perguntar da faculdade, contar do sonho, perguntar do plano, conferir quando vem ou se chatear quando não vem... 
...Dos domingos de manhã, da bateria, do trator, dos óculos de sol, da gastrite, da camisa rosa, do cuidado, dos apelidos, do "não bebe muito", do "não volta tarde", do "quem é esse?", do "é só minha amiga", do "o que eu faço?", do "queria estar com você"...

Mais de três meses e eu ainda não consigo ouvir algumas músicas sem travar a garganta... Mais de três meses e eu volto pra casa pensando se o nosso "não nos falaremos mais" ainda vai me afetar de alguma forma... Também andei odiando qualquer pessoa que usa camisa rosa. É que ainda acho que fica mais bonita em você. Ultimamente não escuto Titãs. Também não ando bebendo muito e volto pra casa cedo. Tô aprendendo alguns modelos de carro também, caso precise no futuro.

Eu não sei o que fazer nesse inverno... Qualquer coisa anda me causando tédio.. 
Posso pular os Domingos de manhã da minha agenda?

terça-feira, 15 de julho de 2014

Fim ou o começo do poço?

Em reunião de família sempre rola aquela certeza de que você pode melar o dia da galera se der vexame, ou fazer todo mundo feliz com sua versão alterada e engraçada. O problema do álcool é que, às vezes, rola aquela necessidade incontrolável de tentar se encontrar de uma forma melhor através da bebida. E isso traz a tona aquela solidão que fica escondidinha dentro do seu peito e que aparece sorrateiramente quando você menos quer ou quando faz menos sentido ela dar o ar da graça. Solidão essa que seria aceitável num domingo a tarde chuvoso, ou na volta pra casa num dia da semana qualquer de cansaço e necessidade de um abraço ou qualquer demonstração de afeição. Não. Ela aparece num feriado, quando seus sobrinhos correm pra lá e pra cá, seu irmão tá do seu lado apertando sua barriga, enquanto o outro dá um tapinha no seu bumbum pra relembrar a época em que as cinco crianças moravam debaixo do mesmo teto, além de ter suas cunhadas cercando a mesa... e você tá lá, só vendo tudo passar. 
Quando a gente tá com medo, nosso instinto de afogar aquele sentimento angustiante numa garrafa de cerveja fala mais alto. Mesmo sabendo que todos estão em casa e que a probabilidade de bater com a língua nos dentes é grande, a gente arrisca.

Ao invés de cair da cadeira, derrubar alguma coisa ou rir desesperadamente pra qualquer coisinha babaca que acontece, o tiro sai pela culatra e o efeito colateral da mistura entre seu medo e o álcool é o efeito que você mais queria evitar (porque sabe o tamanho da vergonha que vem com ele): o choro. Não tô dizendo de um choro contido, ou uma lágrima que rola no canto do olho e a gente passa rapidamente a manga da blusa pra tirar logo aquele rastro da bochecha. Até porque pra minha infelicidade maior não tava frio o suficiente pra usar blusa de manga. Eu tô falando de choro mesmo. Aquele que te estremece e faz seus ombros descerem e subirem incontrolavelmente. Aquele que não dá pra disfarçar nem se você quiser. Segundos depois e seu irmão mais novo, o mais velho e a mãe tão do seu lado. Um sentado na sua frente te olhando com cara de dó, o outro te abraçando e sua mãe com os braços cruzados do seu lado. E você envergonhada, se sentindo nua e desamparada mesmo com tanta gente disposta a ajudar no que fosse possível.

Não vamos falar sobre o motivo. Bola pra frente, que a vida continua. Dia seguinte a gente chama a amiga pra tomar uma cervejinha e aquela pontinha de solidão reaparece minutos depois de ter pedido a primeira cerveja. Letras garrafais estampam uma faixa na frente do bar dizendo que é open bar. De alcool e churrasco. Uma parte de você justifica a atitude de tacar o 'foda-se' e beber novamente porque você merece. A outra parte te olha incrédula, crente de que sabe que aquilo não é exatamente o que você quer. Não é aquilo que você precisa. Seis horas depois e você tá voltando pra casa, sem conseguir distinguir direito o que é pé esquerdo e o que é pé direito. Aí a gente entra no ônibus e coloca os fones de ouvido. Playlist no modo aleatório. E logo a musica que você devia ter evitado começa a ecoar nos seus ouvidos, te fazendo pensar em tudo o que você havia ignorado a tarde toda. Sabe aquele choro não contido no dia anterior? Lá está ele novamente. Te fazendo balançar na cadeira em frente ao cobrador, que te olha com olhar de compaixão. E se não bastasse, cada vez que você respira fundo e acha que aquilo vai passar, a tempestade de lágrimas te traz ainda mais pro fundo do poço, te fazendo perceber que não, você não é sempre forte.

Como é que a gente chegou a esse ponto? Como é que a gente sai desse ponto?

domingo, 13 de julho de 2014

A Copa das Copas

Foi o melhor mês da minha vida.

Meus descendentes ouvirão sobre a experiência de ter recebido a Copa das Copas no nosso país. Vou contar que antes era #naovaitercopa, mas que logo a gente virou a história pra usar na legenda de todas as fotos que #tatendocopa - deixemos os hipócritas de lado. Vou contar dos amigos de bar, churrasco e ressaca que eu fiz (tô brincando, pai). Vou contar que falei mais inglês nesse mês do que já tinha falado em toda a minha vida de estudos (mais ou menos isso ai). Vou contar que eu bebi, ri e me diverti muito (com moderação, do jeito que você me ensinou, mãe!). Vou contar também que vi times grandes caírem de forma vergonhosa na fase de grupos mas também contarei como nosso Brasil - que tomou uma goleada histórica, fazer o quê - caiu só nas semifinais. Vou contar pra eles que nossos ancestrais vieram da Alemanha e que, além desse país fazer parte da nossa árvore genealógica, o time da Alemanha conquistou o Tetracampeonato na Copa das Copas e meu o coração no processo (Poldi, seu lindo).

Mas antes de contar pra eles, vou contar pra vocês que eu já sinto falta da Copa e disso tudo (idaí que faz um dia só que eu não ouço o "oêêaa"?). Vou sentir falta de perder uns minutinhos do meu expediente expiando os jogos, de ver todo mundo marcando o próximo rolê pra ver o Brasil jogar ou pra secar o rival, de correr pra Vila Madalena pra conhecer gente nova e dar risada com a galera, de xingar árbitro, jogador rival e comentarista idiota (pai, xinguei pouco, juro), das cervejas (pai, foram poucas), discussões acaloradas e sotaque de gringo (ou de falso gringo, né bonitões?), sempre nas melhores companhias :)

Digo adeus à Copa das Copas, mas digo até logo à Copa do Mundo. Porque em 2018 tamo junto na Rússia, Brasil sil sil.

PS: Além disso tudo, também vou contar que na última semana de copa meu siso inflamou e eu passei na essa ultima semana da felicidade de molho em casa, porque tava impossibilitada de dar risada e falar como uma pessoa normal - quem dirá tomar uma breja marota (uma só, papito) com o pessoal. Mas que faz parte e a tia/mãe/vó tá viva pra contar a história, criançada..









domingo, 1 de junho de 2014

Cássia Lima.

"Tá tudo bem? Marcou o médico? Não bebe muito! Tá ligada no noticiário? Você tá chorando? Quer que eu te encontre? Você marcou MESMO o médico? Eu vou aí arrancar seus cabelos se você não for ao médico! Fala baixo comigo que eu não sou tuas negas! Tá discutindo por quê? Já parou de mimimi? HAHAHAHAHHA vaca! Eu disse pra não fazer isso! Você já apagou aquela foto, aquela musica, aquela mensagem, aquela pessoa? Odeio o quanto você me conhece! Para de chorar! Eu vou dar na sua cara de continuar com essa conversa, neguinha! Eu tô muito chata? Ainda me ama? Quer o sermão agora ou depois? Você vai sair esse fds? Não quero ir, não sou simpática igual você.. Não quero saber de nada! Vamos esse fds? Não vamos mais esse fds! Eu vou. Não, eu ia. Não vou mais! Velha é sua irmã (brincadeira, Deh). Você devia ouvir mais sua mãe. Você devia me ouvir mais. Cala a boca, babaca. Ninha, eu te amo".

Cá,
Isso aqui normalmente não é usado pra isso. Apesar de não ser o Estadão (conforme foi no meu niver), é um lugar importante o suficiente pra nós duas, acredito eu. Obrigada pela paciência, companheirismo, amizade e amor durante esses vinte e dois (quase) anos, vinte quatro horas por dia, sete dias por semana, trinta (e um) dias no mês. Podemos divergir em inúmeras opiniões, mas o respeito e consideração que temos uma pela outra supera qualquer "vai tomar ..." que possa surgir mil vezes durante nossos dias. Qualquer xingamento, estupidez e falta de tato são provas de que te amo o suficiente pra ser quem eu realmente sou, sem temer represarias. 

Todos que convivem com você são felizes por você existir. Todos nós precisamos de alguém que precise de nós: seja pra compartilhar risadas, bobeiras, brincadeiras, confissões.. e eu preciso de você pra que meus dias sejam completos!

Se eu pudesse resumir o significado de amizade pra mim, em uma palavra, essa palavra seria seu nome.

Eu amo você!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Cavalheirismo?! Uma critica à quem folga demais nos relacionamentos...

Me diga. Como é possível um homem escrever algo pela perspectiva de uma mulher? Pois é, parece então que esse o site Entenda os Homens só tem escritor ninja.

Teria dado mais credibilidade pro texto se o senhor Hugo Rodrigues, tivesse me dito que essas impressões foram tiradas de uma conversa com uma amiga, namorada, irmã ou qualquer ser do sexo feminino por meio de uma conversa sincera e despretensiosa. Se esse foi o caso, me passe o contato da criança pra eu sentar com ela e explicar direito que algumas atitudes que ela julga ser "cavalheirismo" são na verdade a parte do machismo que lhe convém.




Ok, sem pedras e paus na mão. Meu ponto de vista sobre algumas partes do texto Um Homem Visto por uma Mulher:

1 - "Homens têm que chegar no horário e esperar sem reclamar [...]".
Como uma mulher crescida no século XXI, eu venho por meio deste singelo post pedir perdão aos homens que leem isso aqui por essa falta de respeito, logo de cara. Não, você não tem que chegar no horário e esperar sem reclamar. Ninguém na vida merece isso. Eu não sou das mais pontuais, eu sei. Mas eu sei que atraso dão nos nervos. E se você sempre atrasa e faz seu homem ficar te esperando, isso ainda vai findar em briga. E nesse caso, fia, tô do lado do seu boy.

2  "Homem tem que andar do lado de fora da calçada e nos levar em casa sempre. Seja de carro, moto, ônibus, taxi ou a pé. Mas é importante nos levar no portão, assim, por tradição clichê, sabe? As mulheres evoluíram, eu sei. Mas o cavalheirismo não saiu da moda não. E pelo que ando lendo por aí, nunca sairá"
Essa parte aqui vai entrar num problema pessoal meu: eu tenho TOC. Daqueles estranhos, que qualquer pessoa acha meio esquisito quando conto que tenho. Eu sempre fico do lado direito do homem. Não importa de que lado a rua está, eu fico do lado direito do homem e minha referência é ele. Então vai calhar sim de você ficar do lado de fora da calçada, mas se a rua estiver à minha direita, quem vai ficar do lado de fora sou eu. E não, eu não faria você me levar em casa todas as vezes, eu moro longe pra burro e isso desgastaria qualquer relacionamento e levaria pro saco qualquer resto de paciência que ainda lhe restasse. Sendo assim, podemos nos despedir num ponto que fique no meio do caminho pros dois. Sem choro e estresses. Sem essa história de que isso não seria cavalheirismo. Isso não tem nada a ver com cavalheirismo. Isso é "não ser folgada". Pronto, falei.

3 - "Homem tem que ser atencioso, seja para perceber que cortamos dois dedos do cabelo..."
Filha. Dois dedos do cabelo. Dois. Nem eu percebo quando eu mesma tiro dois dedos do meu próprio cabelo. Sempre fico com a impressão de que não cortei nada. Não queira que seu homem tenha a atenção de uma mulher, isso não faz parte da essência dele. Eu aposto que ele vai dizer que você tá linda sempre. Mas não exija que ele perceba nem o que a gente não percebe.

4 -"...Mas saiba declamar Fernando Pessoa ao pé do meu ouvido como se você mesmo tivesse escrito aqueles versos pensando em mim".
Não vamos generalizar, nem todos os homens nasceram poetas, vulgo poetas ou aspirantes à poetas. Tem aqueles com perfil mais grotesco, que não declama Fernando Pessoa mas que pode ser capaz de dizer coisas muito mais sinceras só com um olhar. Generalizar é coisa de gente burra. Não faço questão que declame nada pra mim. Faço questão de originalidade, autenticidade e simplicidade. Eu já disse aqui e repito: prefiro muito mais um "eu gosto tanto de você" ou qualquer outra frase que seja simples e clichê mas que venha do coração do que um texto decorado só pra eu achar que você é poeta, vulgo poeta ou aspirante à poeta. O simples é lindo.

5 - "...Como próprio nome já diz, presentes são para fazer presença. Então, cada vez mais que eu fizer presença em tua vida, saberei que faço parte dos teus dias, também".
Eu confesso que mulher gosta de surpresas. Mas não gostei da parte do 'cada vez mais que eu fizer presença em tua vida, saberei que faço parte dos teus dias, também'. Não precisa me dar presentes só pra eu saber que tô na sua vida e que você pensa em mim durante o dia. Uma mensagem fora de hora pode ser tão eficaz quanto uma caixinha de bombom ou qualquer coisa que tenha custado alguns centavos. Um telefonema também. O link de uma música com uma letra fofa que no fim só tem significado pra nós dois e mais ninguém, nem se fala. Não me compre presentes. Seja você meu presente de todos os dias. E não venham com essa falsa ilusão de que se o cara parou pra comprar uma coisa pra você no caminho de volta pra casa, é porque o afeto dele é mais genuíno por não ter medido tantos esforços do jeito que o cara das mensagens e telefonemas faz. Ele pode ter um estoque de bombom na gaveta e você pode não ser a única que ganha. Just saying, honey...

6 - "Em dias nublados, homens têm que sair com casacos mesmo que não esteja sentindo frio. Hormonalmente, mulheres sentem mais frios do que os homens, então o seu casaco extra será importante nesses momentos".
Meu amor, só saia com blusa de casa se você achar que vai usar mesmo. Eu sei quão desconfortável é ficar segurando uma blusa o dia todo, pra lá e pra cá. Se eu achar que preciso de blusa por qualquer diferença hormonal que eu tenha, quem vai levar meu casaco sou eu. E essa frase é tão ridícula que me arrancou boas gargalhadas. De onde é que essa criança tirou esse homem, minha gente?! Certeza que ele já tá de saco cheio dela.

Amigas lindas desse meu Brasil varonil: vamos analisar melhor nosso comportamento nos relacionamentos. Como podemos exigir 100% do outro quando não conseguimos doar nem 100% de nós pra nós mesmas? 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Balada = #1 time.

A primeira vez na balada a gente nunca esquece. Aposto que você também tem uma amiga que, quando convida pra fazer algo, vem com aquela história de "vou não, quero não, posso não, minha velhice precoce não deixa não". E eu, acreditem ou não, era quem tinha essa desculpa como lema de vida social. Se fosse pra comer cachorro quente, eu ia. Pegar um cinema, eu ia. Mas quando vinha aquela historia de "ah, barzinho, dançar, musica alta e derivados" eu já pulava fora e inventava uma desculpa... Até que...

Era uma sexta-feira e o martelo já tinha sido batido: vamos passar o final de semana na praia, juntas. "Ah, tá tudo numa boa! Vai acontecer nada! Três amigas naquela fase de fazer promessas de vamos-ser-amigas-pra-vida-toda... Nada pode fugir dos meus planos".

Primeiro dia: compras, karaokê, festinha no apê. Tranquilo. Lindo. Maravilhoso.
Segundo dia: péra, que historia é essa de sair? A gente tá mesmo ligando pra uma baladinha pra checar quanto paga pra entrar? Pera aí, balada? Não querem ir tomar um suco? Comer temaki? Andar na beira da..." Tá. Balada. Balada. Música.. Pera, passa a caipirinha aí, por favor!

00h, salto alto, maquiagem e a única coisa que eu lembro de ter decorado: porradinha (if u know what i mean)...

Saldo oficial da noite: depois de ter sido salva pela amiga com um refrigerante divino que caiu como uma luva num momento em que meu cerebelo já não tava dando conta de nada e de uma temakeria no piso de baixo da balada que salvou a vida de quem não sabe dançar nada além de joguinho do Kinect, ainda esquecemos um amiguinho que tava no porta-malas – desculpem, não nos julguem, não cabia nem uma pena sentada do nosso lado no banco de trás – que foi embora revoltado a pé ao invés de nos chamar quando trancamos o carro com ele dentro e entramos no Mc Donald’s às 5am. Vacilão.

sábado, 19 de abril de 2014

153 km de distância entre nós...

Se eu disser que penso em você logo que acordo, você vai fugir? Se eu disser que queria que seu rosto fosse a primeira coisa que eu vejo quando abro os olhos, você me acharia exagerada? Ok, tenho uma tendência, às vezes, de aumentar um pouco as coisas, mas com você eu sinto que posso ser eu. Aumentando as coisas ou não. Exagerando ou não.

Se eu disser que se você me fizer cócegas eu vou te morder, você vai correr? Se você não correr, promete que vai fazer cócegas mesmo assim?  E se você vier brincar de lutinha e eu ganhar, promete que não vai se sentir menos homem por isso e ainda assim vai me prender num abraço, mesmo quando eu tiver rindo de você e da sua derrota?
Se eu brincar com sua buchecha, quantas vezes você vai me mandar parar? Se eu me fingir de surda promete me fazer parar à base de beijos?



Quando formos assistir filme no sofá, deixa eu ficar te olhando e rindo toda vez que você me mandar parar? Deixa eu bagunçar seu cabelo? Posso aproveitar e fazer mil perguntas sobre o filme que seriam esclarecidas se eu calasse a boca e prestasse atenção? Se eu bagunçar mil vezes o seu cabelo no processo, você ia rir do quão infantil eu posso ser? E se eu me comportar como uma criança hiperativa de vez em quando, você vai entender que é por culpa da felicidade que eu sinto por ter você?

Posso chegar antes do horário marcado e te ligar dizendo que você é atrasado? Se eu pisar no seu pé enquanto dançamos você me perdoa? Se eu derramar o copo de cerveja todo em cima de você, jura que não vai brigar comigo? Se eu derrubar de novo, você promete que não briga de novo? Se eu merecer levar uma bronca, você promete que se encarrega de não deixar ninguém mais me dar a bronca além de você? E se eu rir na hora errada, você vai fazer cara de que não me conhece enquanto segura minha mão?

Ah, se um dia estivermos só a alguns centimetros de distância ao inves de 153km, deixa eu fazer tudo isso que eu acabei de dizer?

domingo, 13 de abril de 2014

Amor.. Não, péra.

Graças a Deus, eu sou (na maioria das vezes), uma pessoa bem racional. Eu falo 'eu te amo' a torto e à direita pros meus amigos do coração, toda hora, sempre. Mas não jogo essa frase ao vento quando o assunto é amor entre duas pessoas que estão em um relacionamento (entrando ou começando um).

Ok, eu não tenho moral nenhuma quando o assunto é falar sobre relacionamentos. Ou até tenho, justamente por nunca ter tido um relacionamento efetivamente. Mas eu não preciso provar jiló pra saber que o gosto é ruim (eu ia usar outra analogia, obviamente, mas achei que ficaria insensível demais hahahha).

Eu vejo frequentemente no meu facebook casais extremamente apaixonados um pelo outro. Inúmeras declarações de amor capazes até de arrancar uma lagrimazinha da megera aqui. Mas aí eu vejo que tudo não passa de uma máscara pra manter essa ditadura da felicidade imposta pelas redes sociais. Por que eu acho isso? Porque esses mesmos casaizinhos felizes e apaixonados como nos contos de fadas, terminam o namoro (aquele mesmo namoro que estava quase chegando no casamento) e depois de uma semana estão amando tão ardentemente e incondicionalmente a(o) substituta (o) do namoro anterior. Aí o que acontece? As fotos do passado são apagadas e os albuns se enchem de novas fotos com novas declarações de amor pra nova peça do xadrez.


Sim, peça do xadrez. Ok, pode continuar me achando uma megera sem coração e recalcada que fala desse jeito porque não tem ninguém a quem amar. Mas cá entre nós. Antes não amar ninguém que ser facilmente trocada e substituída em questão de semanas.

Eu acho sim que namoro é coisa muito séria. Dizer "eu te amo" é mais sério ainda. Não tem como você começar um namoro e depois de um mês dizer que ama a pessoa. Eu acho sim, que isso até seja possível se você namora alguém que antes de tudo já era seu amigo. Amigos se amam e amigos se conhecem. Melhores amigos então, nem se fala. Mas, se esse não é o caso, como é que você pode amar alguém que você nem sequer conhece os defeitos ainda?! Dá mesmo pra amar assim, rápido e fácil? E desamar? Dá pra desamar o ex assim, tão fácil? Na minha humilde opinião de vulgo megera, eu acho que você, na verdade, nunca amou de verdade. O sentimento não passou do estágio "paixão". Não evolui. Ele regrediu. Por isso vocês terminaram. Por isso não deu certo. Paixão que cresce vira amor. Paixão que regride vira nada. E quando não vira "nada", vira impaciência, desgosto, tristeza, brigas, incompreensão, descaso...

Acho que a gente anda confundindo demais paixão e amor. Fase do encantamento com paixão ardente. Eu mesma confesso pro mundo: sou muito fácil de me apaixonar. Me apaixono fácil por sorrisos, discussões, gentilezas, companheirismo, abraços, por várias pessoas.. Me apaixono pela vida todos os dias.. Me apaixono por tantas coisas diferentes numa frequência absurda. Mas reconheço quando isso vira carinho, apenas. Paixão pré-amor é uma coisa mais séria. Conhecer seus sentimentos é crucial pra construção de um relacionamento sadio. Por isso mesmo que eu nunca construí nada. com ninguém. Porque achava que não seria capaz de dedicar meus sentimentos mais sinceros e porque nunca achei que o outro seria capaz de dedicar seus sentimentos mais sinceros à mim. 

E não importa o que você me diga. Términos são términos, independente do tipo de amor que estejamos falando. Um dos corações se quebrou porque o outro coração já tava saturado do sentimento que já não crescia mais. E não, você não deixa de amar alguém hoje e começa a amar alguém amanhã. O amor mesmo, amor genuíno, amor que transborda a gente, demora muito pra acontecer, pra nos encher e nos inundar. Nós só gritamos aos sete ventos um "eu te amo" quando esse amor já não cabe mais dentro da gente.

Sejamos maduros para entender a hora certa de dizer "eu te amo" à alguém (isso sem contar essas declarações que vem aos montes). Sejamos maduros também pra pintar uma imagem mais honesta nossa - e do nosso relacionamento - nas redes sociais. É muito mais lindo e reconfortante ouvir um "eu gosto tanto de você" ao invés de um "eu te amo" dito da boca pra fora.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Ela...



Ontem assisti Ela. Minhas expectativas estavam altas, porque ouvi coisas muito boas sobre o roteiro e, como raramente acontece na vida, minhas expectativas não foram em vão.

Eu já tinha certeza, nos primeiros 10 minutos, de que esse filme me mudaria - ou daria um tapa na minha cara. O filme retrata de uma forma magnífica a forma como o mundo funciona hoje em dia, apesar de ser futurístico. As cores são pastéis, não existe muita firula, não tem carro voando...

No início, fica muito claro que o protagonista é solitário. Tem conversas pontuais com as pessoas, vive relembrando de momentos com uma mulher (logo descobrimos que ele está em processo de divórcio) e ele não toca em nada nem ninguém. Quando quer mudar uma música, ele pede que o "celular" ou algo que está conectado à sua orelha como um fone de ouvido, o faça para ele, assim como ler e-mails e checar seus compromissos. No início eu pensei: "meu, que genial! Será que um dia a gente chega a esse ponto?".

Durante o filme, nós vemos de tudo: amor unilateral, amor recíproco, traição, desespero, ilusão, adeus...O mais engraçado - ou não - é que atualmente nós já somos consumidos pela tecnologia retratada no filme. Não existe mais espontaneidade. Por exemplo: "não sei onde vou comer... ah, posso olhar no site x que ele dá várias dicas de restaurantes". Cadê o: "para ai nesse lugar, tá com cara de que é gostoso", mesmo saindo de lá de barriga vazia e frustrado.

Nós temos inúmeros aplicativos que ajudam a conhecer pessoas novas (com diversos objetivos). Pessoas essas, que você não sabe absolutamente nada, mas que em um momento ou outro acabam fazendo parte da sua vida. Você não sabe o quão real aquela pessoa é. Entra então a ilusão. Você cria uma pessoa com a aparência daquela foto que você viu, você molda uma personalidade pra pessoa pautada em alguns assuntos pontuais que vocês tiveram. Você cria uma imagem, achando que aquela é a pessoa que você sempre estava procurando e que finalmente encontrou, graças à tecnologia. Bullshit. E não tem porque culpar o outro, nessas situações. Todos nós parecemos pessoas melhores quando não estamos em contato direto com o outro. Somos muito mais legais, bonitos e compreensivos pelas redes sociais. Essa é ditadura que vivemos atualmente. É hipocrisia dizer que isso não é verdade. E é uma hipocrisia maior ainda fingir que não fazemos isso.

No final do filme, o protagonista perde o contato com Samantha  (o sistema), depois de terem 'discutido'. Ele não consegue falar com ela, e aparentemente o sistema solicitado não existe mais. Theodore entra em desespero. Ele sai correndo, tentando fazer o sistema voltar a funcionar. Ele entra em desespero porque acha que perdeu a Samantha. Ele corre, cai, chora... Theodore já havia ficado em dúvida sobre Samantha e sobre o relacionamento deles. Deu "um gelo", pra poder pensar.. O caso dos dois acontece todos os dias: as pessoas dão um gelo, agem de forma estranha e "fora do normal", esperando que o outro interprete da forma que eles querem. E aí, em determinada etapa, há uma discussão, há brigas, há choros, há tristezas... de ambas partes, de uma, de outra... É assim que o ciclo funciona.

Voltando ao filme: quando ela volta, eles conversam um pouco sobre o sumiço (necessário, porque ela foi se atualizar). Nessa conversa, ele percebe que não é o único na vida de Samantha. E aí ela diz algo como: 'é complicado... eu ia te contar... eu não sabia como dizer"... Familiar, não? Não acho que exista nada pior que essa maldita frase. Pra mim é sempre menos complicado do que a pessoa diz que é. É muito fácil dizer: "olha, não se iluda, tô com você mas também tô com mais outras oito mil pessoas. Igualmente apaixonado pelas outras oito mil pessoas". O nome disse é jogo limpo.

Samantha vai embora. Depois de um adeus triste, ela vai embora. Depois de uma declaração de emocionar qualquer megera, de arrancar lágrimas e deixar com inveja, ela vai embora. Obviamente, você percebe no rosto de Theodore que ele tá sofrendo. Partidas são dolorosas. Adeus são dolorosos. Nós levamos pouco tempo pra nos acostumarmos com algumas coisas e, quando elas são tiradas de nós, dói. E achei lindo a forma como esse sentimento foi transmitido no filme.

Eu me senti no lugar de Theodore. Eu me vi em Theodore. Os sorrisos, gargalhadas e suspiros olhando pra tela de um celular.
Tudo o que acontece, do início ao fim durante o relacionamento dele com Samantha, com a ex, com os amigos, com colegas de trabalho, com as pessoas na rua, é exatamente tudo o que acontece hoje em dia com a maioria das pessoas.
Todos os relacionamentos são dessa forma. Uma das partes sai magoada. Uma das partes mente. Uma das partes tá mais disposta a dar certo que a outra. Uma das partes é mais ou menos sincera, porque é mais ou menos necessário que assim seja.

No fim do filme, a única coisa que eu conseguia pensar é que o sentido do que é real tá na nossa cabeça. O que é real pra mim, pode não ser pra você e vice-versa. É a mesma coisa que o conceito de certo e errado. O conceito do real é unicamente meu. Talvez a ilusão criada em relacionamentos que nunca existiram e a expectativa que eu criei em cima de pessoas que eu mal conhecia são uma realidade exclusiva minha. Achei que aquilo era real. Achei que aquela pessoa era real. Achei que a situação era real. Achei que a reciprocidade era real. Ninguém tem culpa. O outro não tem culpa. A realidade criada foi minha. Fruto da minha imaginação, das minhas vontades e desejos pessoais.

Bom, eu não vou contar detalhes do filme. Assista. Os diálogos são excepcionais. O roteiro é lindo. O filme é lindo. Mas assista com um lencinho, no caso de ser chorona igual a mim. Boas lágrimas foram derramadas durante os 90 minutos...

domingo, 16 de fevereiro de 2014

É tudo uma questão de personalidade...

Uma vez eu escrevi sobre como eu sou em relação às minhas amizades. Recentemente escrevi também sobre como eu mudei e como estou vivendo atualmente. Eu vou juntar os dois assuntos num mesmo texto, como uma forma de explicação - não tentando me redimir de como ando agindo há um tempo, mas com intuito de que algumas pessoas entendam de uma forma melhor e pelo menos aceitem como eu vejo as coisas.

Eu cresci de uma forma muito desprendida de tudo. Morei em alguns lugares durante minha infância e isso refletiu positivamente (na minha opinião) na minha personalidade. Eu tenho uma facilidade - assumo que tenho, porque todos dizem que tenho - de me relacionar com as pessoas. Tanto no âmbito profissional quanto no âmbito pessoal. Só que eu não tenho a facilidade do apego, tenho a do desapego também. Talvez pelo fato de ser sempre a menina nova da sala, do bairro, da cidade e afins, eu tinha que me acostumar com mudanças. Mudanças boas e ruins. Me acostumar com novos amigos e sofrer com a distância e saudade dos antigos. Tive que me acostumar a ter novas pessoas na minha vida. Tive que aprender a me acostumar com a saudade. Hoje em dia ela me afeta pouquíssimo; acredito inclusive que eu tenha uma pequena 'necessidade' de ter pessoas diferentes na minha vida....

Quando eu voltei pra São Paulo, senti uma necessidade inconsciente, acredito eu, de criar laços. Quando fui para a sétima série, ficou decretado que não mudaria mais de escola até terminar o colegial, então meu ciclo social se resumia basicamente aos amigos do colégio (não contando com o pessoal da igreja). Passava
 o dia todo junto, dormia na casa de fulana, conversava no msn o dia todo, por horas afins. Mas foi só pisar fora de lá que eu automaticamente me acostumei com a ausência. E esse 'grude' exclusivo com algumas pessoas acabou na faculdade e vida profissional.

Depois do colégio, eu percebi que essa é a minha personalidade. Essa sou eu. Psicologicamente 'afetada' pela infância que eu tive - que já disse ter sido positiva e excepcional -, que me beneficiou com essa facilidade de apego e desapego. Isso não significa que eu não ame mais minhas amigas da escola, da faculdade, do trabalho... É só que eu mudo muito rápido. E procuro pessoas que estejam no mesmo momento que eu. Não significa que eu deixe pra sempre de lado quem eu dizia que amava. Eu ainda amo. Só não quero ficar grudada o tempo todo.

Antes eu aceitava fazer tudo (mesmo que não quisesse). Vamos lá? Vamos. Vamos ficar? Vamos. Vamos escolher xuxu? Vamos. Era assim. Hoje se eu não quero, não vou. Se eu não gosto, não faço. Se eu não quero falar, não falo. Respeitar os outros, é saber que cada um é de um jeito. Uns mudam mais rápido que outros. Uns amam de jeitos diferentes e esquisitos. Me aceitar assim é o ponto crucial de me ter na sua vida pra sempre.

Eu sou independente. Eu preciso de pessoas, mas não sou dependente de pessoas específicas. Não gosto de ir sozinha no médico, não gosto de passear no shopping sozinha, não gosto de ver filme de terror sozinha, não gosto de comer sozinha... Mas pra cada ocasião quero um amigo diferente. Tenho muitos amigos. É legal ter um especial pra cada ocasião. É legal amar todos de formas diferentes. É legal precisar de todos de formas diferentes.. Eu não amo mais um que o outro. Amo diferente. Quando li a frase "there're all kinds of love in the world but never the same love twice", percebi que alguém conseguiu verbalizar meus sentimentos e me resumir em uma frase.

Amizade é sinônimo de cumplicidade, de compreensão, de respeito e amor. Minhas manias e chatices são diferentes da sua. Mas meu amor é genuíno. Pode não ser o tipo de amor que você conhece. Mas é o amor que eu sinto e é o único amor que tenho pra oferecer. 

Sábado dos mortos-vivos.

É de madrugada que as coisas ficam mais sentimentais e a carência alheia fala mais alto.

"- Você.. É.. Não sente minha falta?
- Quem é?"

Já chegou o dia das bruxas e esqueceram de me contar? Por favor, né. Se enxerga. Eu, hein